13 de maio é mesmo uma data a ser comemorada? |
A data está um pouco desprestigiada desde a década de 1970, quando os movimentos negros brasileiros resolveram instituir um dia da consciência negra para ressaltar o papel dos próprios negros no processo de sua emancipação. Assim, o dia 20 de novembro, que relembra a execução de Zumbi, seria um contraponto ao 13 de maio.
De acordo com essa perspectiva, o 13 de maio seria uma data que representaria a abolição como um ato de "generosidade" da elite branca e transformaria a princesa na personagem principal da libertação dos escravos. Ao contrário, o 20 de novembro, homenageando Zumbi e o quilombo de Palmares, seria um símbolo da resistência e da combatividade dos negros, que, de fato, não aceitaram passivamente a escravidão.
Aos poucos, o dia nacional da consciência negra ganhou prestígio, até ser incluído no calendário escolar brasileiro, pelo artigo 79-B, da lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que incluiu no currículo escolar a obrigatoriedade da temática "história e cultura afro-brasileira". Tornou-se também, segundo a Agência Brasil, um feriado em 225 municípios brasileiros, inclusive São Paulo, a maior metrópole do país.
Comemorar o 13 de maio A questão que se pode levantar a partir disso é: há ou não motivos para a comemoração do 13 de maio? A efeméride tem, sim, seu valor histórico. Ela comemora a vitória do movimento abolicionista e do parlamento brasileiro. A campanha abolicionista, um dos maiores movimentos cívicos da história do Brasil, ao lado da campanha pelas Diretas Já, atingiu o êxito no exato momento que a princesa Isabel assinou a célebre lei.
Por outro lado, é importante ter em mente que a história trata de fatos do passado, mas as interpretações desses fatos dependem da época em que elas são feitas. O significado dos fatos, portanto, varia de acordo com as gerações de historiadores que se debruçam sobre eles e, também, segundo a ideologia que está por trás de suas interpretações.
Assim, o que se valoriza numa determinada época, pode simplesmente ser considerado menos importante ou até se pôr de lado numa ocasião posterior. Um outro exemplo da história ajuda a esclarecer a questão: a comemoração de 21 de abril, que relembra o martírio de Tiradentes só passou a existir após a Independência do Brasil. Enquanto éramos colônia portuguesa, Tiradentes não era considerado um herói, muito pelo contrário.
Depois da abolição Enfim, a lei Áurea serviu para libertar 700 mil escravos que ainda existiam no Brasil em 1888 e proibir a escravidão no país. Independentemente disso, não se pode deixar de reconhecer que a abolição não resolveu diversas questões essenciais acerca da inclusão dos negros libertos na sociedade brasileira. Depois da lei Áurea, o Estado brasileiro não tomou medidas que favorecessem sua integração social, abandonando-os à própria sorte.
Essa dívida social, porém, não pode ser imputada somente à princesa Isabel e à monarquia. A situação social dos negros não melhorou com a República. Sobre isso, o Estado só veio a se pronunciar com mais veemência no ano 2003, com a instituição da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, que tem desenvolvido projetos visando a inclusão social do negro.
Apesar disso, as estatísticas do IBGE ainda registram grande desigualdade em relação a negros e brancos. Alguns exemplos referentes à educação são bastante significativos. Os dados mais recentes apontam a taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos de idade ou mais: 8,3% de brancos e 21% de negros.
A média de anos de estudo das pessoas com 10 anos de idade ou mais é de quase seis anos para os brancos e cerca de três e meio para negros. Enquanto 22,7% dos brancos com 18 anos ou mais concluíram o ensino médio, somente o fizeram 13% dos negros.
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Sexta - Feira 13 Sorte ou Azar ?
De acordo com a bruxa e coordenadora da universidade holística Casa de Bruxa, Tânia Gori, ao contrário do que muitos pensam, a sexta-feira 13 simboliza a poderosa transformação de terminar algo para iniciar caminhos novos. “É um dia muito bom em que se deve mentalizar tudo o que deseja para que venha a transformação”, explica Tânia.
Há quem comemore o dia sem nem lembrar do lado sombrio. A estudante Vanessa Fernandes, 22 anos, completa nesta sexta-feira 13, quatro anos de namoro sem nem se preocupar com o misticismo. “Nunca dei importância para essas lendas e hoje muito menos. É uma data de felicidade para mim”, afirma Vanessa.
Quem vê como azar, encara o dia com uma série de precauções que vai desde evitar ver gato preto a não sair de casa. Esses casos extremos se enquadram em um problema curiosamente chamado de Paraskavedekatriaphobia, ou seja, fobia de sexta-feira 13.
Celebrações
Por ser a única do ano, esta sexta-feira treze trouxe uma série de celebrações em todo o país que reuniram desde pessoas que acreditam que é um dia de energia diferente até quem vai ao evento apenas por curiosidade.
No ABC, a celebração aconteceu na Vila de Paranapiacaba onde milhares de pessoas realizaramo uma procissão com velas. “O ato simboliza a iluminação dos caminhos no qual, todos repetem mantras na intenção de trazer paz ao mundo”, afirma Tânia Gori. Segundo a coordenadora do evento, ano passado cerca de 10 mil pessoas estiveram presentes no final de semana da comemoração e, este ano, erca de 12 mil pessoas. No sábado e domingo, o evento começa às 9 horas e terá ações como trilhas e palestras que abordam temas como cabala hermética, eneagrama numerológico, runas, tarô e feng shui. (Colaborou Carolina Neves)
Hoje também é Dia de Nossa Senhora de Fátima
Nossa Senhora de Fátima (ou Nossa Senhora do Rosário de Fátima) é uma das designações atribuídas à Virgem Maria que, segundo a Igreja Católica, terá aparecido repetidamente a três pastores, crianças na altura das aparições, no lugar de Fátima, tendo a primeira aparição acontecido no dia 13 de Maio de 1917. Estas aparições terão continuado durante seis meses seguidos, sempre no mesmo dia (exceptuando em Agosto). A aparição é associada também a Nossa Senhora do Rosário, sendo portanto aceite a combinação dos dois nomes - dando origem a "Nossa Senhora do Rosário de Fátima" - pois, segundo os relatos, "Nossa Senhora do Rosário" teria sido o nome pelo qual a Virgem Maria se haveria identificado, dado que a mensagem que trazia consigo era um pedido de oração, nomeadamente, a oração do Santo Rosário.
Fecha o ciclo de aparições iniciado em Paris, como Nossa Senhora das Graças, sucedida pela aparição em La Salette e Lourdes.Segundo relatos posteriores aos acontecimentos, por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, as crianças teriam visto uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo depois, outro clarão teria iluminado o espaço. Nessa altura, teriam visto, em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol".
Segundo os testemunhos recolhidos na época, a senhora disse às três crianças que era necessário rezar muito e que aprendessem a ler. Convidou-as a voltarem ao mesmo sítio no dia 13 dos próximos cinco meses. As três crianças assistiram a outras aparições no mesmo local em 13 de junho, 13 de julho e 13 de setembro. Em agosto, a aparição ocorreu no dia 19, no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque as crianças tinham sido levadas para Vila Nova de Ourém pelo administrador do Concelho no dia 13 de agosto.
A 13 de outubro, estando presentes na Cova da Iria cerca de 50 mil pessoas, Nossa Senhora teria dito às crianças: "Eu sou a Senhora do Rosário" e teria pedido que fizessem ali uma capela em sua honra (que atualmente é a parte central do Santuário de Fátima). Muitos dos presentes afirmaram ter observado o chamado milagre do sol, prometido às três crianças em julho e setembro. Segundo os testemunhos recolhidos na época, o sol, assemelhando-se a um disco de prata fosca, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra. Tal fenómeno foi testemunhado por muitas pessoas, até mesmo distantes do lugar da aparição. O relato foi publicado na imprensa por vários jornalistas que ali se deslocaram e que foram testemunhas do fenómeno. Contudo, há testemunhos de pessoas que afirmaram nada ter visto, como é o caso do escritor António Sérgio, que esteve presente no local e testemunhou que nada se passara de extraordinário com o sol, e do militante católico Domingos Pinto Coelho, que escreveu na imprensa que não vira nada de sobrenatural. Entretanto, testemunhas da época afirmaram que o facto não aconteceu com o sol (este ficou do mesmo tamanho) mas sim com um objecto luminoso que se destacou no céu, girando sobre si próprio e mudando de cor.
Posteriormente, sendo Lúcia religiosa doroteia, Nossa Senhora ter-lhe-á aparecido novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13 para 14 de Junho de 1929, no Convento de Tui), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração.
Anos mais tarde, nas suas Memórias, Lúcia contou ainda que, entre abril e outubro de 1916, teria já aparecido um anjo aos três pastorinhos, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência, e afirmando ser o "Anjo de Portugal".
Este anjo teria ensinado aos pastorinhos duas orações, conhecidas por Orações do Anjo, que entraram na piedade popular e são utilizadas sobretudo na adoração eucarística.
Oração a Nossa Senhora de Fátima
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